marcadores

9.6.12

O amor é a erva que luzidia cresce no canteiro dos beijos. E em que língua dizer que a erva chega já o tronco das rosas. A erva por onde andam nús os teus pés de princesa, que te perfuma as coxas com a ponderação das camélias e o decoro de um cinto. É um incêndio de erva no beijo nosso. Fumamo-lo na tenda fria a preto e branco dos anos noventa. Fumamo-lo na noite estrelada do dia mais longo do ano. A erva do nosso amor vegetal, tão carnal como o crepúsculo, como o desembarque dos dedos no teu corpo, tão vegetal como a aurora e a passagem do ar pelos meus dentes.

8.6.12

Sol pelo escritório
no maxilar da impressora
o teu corpo estendido numa praia
Manhã submersa,
o velho tigre não vislumbra
a caixa das mortalhas.