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9.6.12

O amor é a erva que luzidia cresce no canteiro dos beijos. E em que língua dizer que a erva chega já o tronco das rosas. A erva por onde andam nús os teus pés de princesa, que te perfuma as coxas com a ponderação das camélias e o decoro de um cinto. É um incêndio de erva no beijo nosso. Fumamo-lo na tenda fria a preto e branco dos anos noventa. Fumamo-lo na noite estrelada do dia mais longo do ano. A erva do nosso amor vegetal, tão carnal como o crepúsculo, como o desembarque dos dedos no teu corpo, tão vegetal como a aurora e a passagem do ar pelos meus dentes.

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